17.11.07

Que Amor é este?

Que Amor é este...

Que Amor é este que não sei explicar que forma assumiu?

Que Amor é este que sinto dentro de mim com a força de uma tempestade?

Que Amor é este que cada vez que penso o ter arrumado, chego à conclusão que anda à solta desenfreadamente dentro de mim?

Que Amor é este que não é físico, mas que também não sei o que é?

Que Amor é este que doi quando não é correspondido?

Que Amor é este que me retrai, que me bloqueia, que não me deixa ser espontânea?

Que Amor é este que tanto me preenche, quanto me consome?

Que Amor é este que me dá serenidade e, ao mesmo tempo, uma confusão mental sem precedentes...?
Que Amor é este que sinto por ti, por mim, por nós...?
Poderá o Amor tomar várias formas e ser sentido de maneiras diferentes?
Que Amor é este?

Os Três Amigos e... Eu

Ao longo da minha vida tenho vivenciado muitas amizades...

E muitos têm sido aqueles que têm cruzado a minha vida por mais ou menos tempo, mas sempre deixando a sua marca "os que passam por nós não vão sós... deixam um pouco de si, levam um pouco de nós..."

Umas Amizades mantêm-se inabaláveis há 30 anos, outras há mais de 20... outras ainda, mais recentes, mas igualmente fortes e significativas para mim...

E é numa desta recentíssimas amizades que me senti muito especial... éramos 4 (mais uma pulga à mistura...)...

Senti a felicidade de três Amigos que raramente se vêem, de poderem estar ali juntos, na sua cumplicidade de 30 anos de "Histórias de Vida"... do Carinho e Amor que sentem uns pelos outros, do quanto foi importante aquele "encontro"...

Do Estar sereno, da fluidez da conversa, das gargalhadas, da espontaneidade, do brilho nos olhares, da felicidade espelhada nos rostos...

Abriram-me a porta da sua intimidade e acolheram-me neste seio que até então era só deles... sinto-me honrada e extremamente sensibilizada, mas sobretudo sinto-me feliz por lhes ter proporcionado umas horas de partilha e felicidade, com a desculpa de um bacalhau com natas...

Mais incrível e significante para mim, é que eu tinha acabado de os conhecer... consegui ter com três "estranhos" uma noite fantástica, de uma cumplicidade que nem sempre consigo ter com Amigos que o são há séculos...

Fez-me pensar... fez-me sentir uma enorme nostalgia... fez-me desejar que este momento se prolongasse por mais umas horas... breves momentos de felicidade para sempre gravados na minha memória...
Bem Hajam!

Os Três Amigos e... Eu

Requiem.... Mozart

Esta é uma das peças de Mozart que mais me marcou em diversas ocasiões da minha vida.
Mexe comigo de uma forma inexplicável, profunda, de Alma.
Há muito que não o ouvia...
Mas ontem, querendo gravar um cd para uma amiga ouvir (no seu banho terapêutico, à luz das velas) lembrei-me dele e foi a minha primeira escolha!
Tenho estado a ouvi-lo e a sentir a forma arrepiante como ainda mexe comigo, fazendo-me lembrar de...
Mim...
Da MC (que me fez ouvir este requiem pela primeira vez...)...
Do quanto a miúda que eu era ajudou uma pessoa muito especial na maior perda da sua vida, enviando-lhe isto para ela ouvir (com palavras minhas a mistura)...
De tantas outras ocasiões...
Memórias...
Tinha-me esquecido de como me é fácil viajar através do som destas vozes, da pureza do som, da veemência com que é cantado, com o "crescer poderoso" da música, da passagem dos sopranos aos tenores, do pianissimo ao forte... da intensidade com que foi composto, com o toque de uma mão Divina...
Cada nota é como se uma lufada de ar fresco me assolasse deixando-me quase que em transe...
Enche-me uma sensação de plenitude, tranquilidade, clareza mental, de uma força interior que não sei de onde vem...
É este o meu relacionamento com Mozart e a sua música... uma Paixão sem limites, identificando-me intrinsecamente com a melodia, quase que sentindo a emoção com que foi composto...
Eu inspiro e a música entra em mim, sustenho a respiração dando-lhe tempo de percorrer todo o meu corpo, saíndo quando finalmente expiro...
Tem ritmo próprio e faz-me viajar em mim, evitando o Ego e as suas armadilhas... libertando-me... dando-me asas para ser quem sou... EU...
Confutatis Maledictis...
Confutatis Maledictis...

8.11.07

Crónica de Daniel Sampaio BRINCAR

Domingo, 28 de Outubro de 2007 , in PÚBLICA

Nunca pensei que os gerentes da Duracell se preocupassem com estudos sobre pais e filhos.
Para mim, mandavam numa simples fábrica de pilhas, capazes de fazer correr sem parar um irritante coelhinho! Ideia preconcebida: acabam de publicar um estudo com 900 crianças, onde se demonstra que as portuguesas são as que diariamente menos brincam com os pais. Só seis por cento dos nossos meninos admite brincar com os pais todos os dias, um número muito abaixo da média europeia, onde uma em cada cinco crianças tem momentos diários de divertimento com a família. Como chegámos a esta triste situação?
Basta olhar em redor e compreenderemos tudo. O governo falhou na política de apoio à família e muitos dos nossos pais têm má qualidade de vida: salários baixos, empregos instáveis, maus transportes, pouco enquadramento e deficiente articulação com as escolas, como podem ter disponibilidade ou sequer desejar mais filhos? Outros não têm dificuldades financeiras de maior, mas padecem de egoísmo ou vivem na crença de que educar é uma tarefa esgotante, por isso o que importa é arranjar brinquedos para "entreter" os mais novos: já basta o trabalho para os fatigar, em casa é preciso "distrair", "desanuviar" ou "descansar".
Deste modo, são bem vindos os novos brinquedos electrónicos: com a destreza das crianças de agora, depressa aprenderão como os manipular e não importunarão os adultos por largos momentos. A consola de jogos, o computador e a televisão transformaram-se assim na "baby-sitter" dos tempos modernos, a garantia de que os mais novos estarão ocupados por umas horas: com trabalhos de casa feitos à pressa e uma refeição rápida, depressa se chega à hora de deitar, amanhã correrá melhor!
Mas não corre: em todo o lado vemos crianças inquietas com incapacidade de pensar, irritáveis por sono insuficiente, indisciplinadas na escola por ausência de limites em casa, com dificuldades na leitura e na escrita. Por exemplo, já experimentaram pedir a uma criança de oito anos para ler um texto em voz alta?
O resultado é surpreendente: gagueja, ignora a pontuação e depressa se fatiga, porque não está habituada a ler em público, só é treinada para descodificar símbolos do "gameboy" ou da "play-station".
Que saudades das crianças que brincavam na rua, que jogavam à bola na praceta ao pé de casa ou que fugiam para se divertir em casa dos vizinhos!
Hoje saem da escola a correr, trazidas por pais apressados que as depositam no judo, na música, na natação ou no explicador, para mais tarde serem recolhidas à pressa, só a tempo de uma refeição apressada antes de tentarem dormir...
Que fazer? Em primeiro lugar, lutar para que tudo isto se altere. Passar a mensagem de que o jogo é a melhor maneira de as crianças aprenderem tudo: se for fornecido um contexto que permita a uma criança o relacionamento tranquilo com um adulto, ela será a primeira a aprender a importância da sua relação com os mais velhos e, movida pela sua curiosidade natural (existente em todas), esperará a brincadeira mais ou menos divertida, mas sobretudo terá a certeza que a sua fantasia crescerá.
Tudo isto poderá ser feito sem brinquedos, com as mãos de pais e filhos e o corpo de todos, sem apitos electrónicos ou ecrãs tecnológicos individuais, a dificultarem a simples troca de olhar em família. E as emoções desencadeadas pelos brinquedos de hoje, quem as conhece, se depressa são descarregadas no jogo seguinte?
Não podemos esquecer que educar consiste em a pessoa se oferecer como modelo. Uma pessoa fica "educada"quando cresceu e já é capaz de se constituir como um exemplo a seguir: quando um irmão imita o mais velho é porque este desempenhou um papel capaz de ser seguido (esperemos que no sentido positivo) pelo mais novo.
Mais do que os livros ou revistas, que embora cruciais podem dar olhares perturbados da realidade (sobretudo se não os lermos em conjunto com os mais novos); mais do que recomendações palavrosas de pais para filhos, tantas vezes não ouvidas ou depressa esquecidas; muito mais do que o último jogo de computador, em breve substituído pelo que acaba de sair, ou consumido a correr para alcançar o objectivo de "vencer mais um obstáculo", a resposta está no olhar da criança que nos pede:

"Podes brincar comigo?"

Felicidade

O autor deste texto é o João Pereira Coutinho, jornalista

Não tenho filhos e tremo só de pensar.
Os exemplos que vejo em volta não aconselham temeridades.
Hordas de amigos constituem as respectivas proles e, apesar da benesse, não levam vidas descansadas. Pelo contrário: estão invariavelmente mergulhados numa angústia e numa ansiedade de contornos particularmente patológicos.
Percebo porquê. Há cem ou duzentos anos, a vida dependia do berço, da posição social e da fortuna familiar. Hoje, não. A criança nasce, não numa família mas numa pista de atletismo, com as barreiras da praxe:
jardim-escola aos três, natação aos quatro, lições de piano aos cinco, escola aos seis.
E um exército de professores explicadores, educadores e psicólogos, como se a criança fosse um potro de competição.
Eis a ideologia criminosa que se instalou definitivamente nas sociedades
modernas: a vida não é para ser vivida - mas construída com sucessos pessoais e profissionais, uns atrás dos outros, em progressão geométrica para o infinito.
É preciso o emprego de sonho, a casa de sonho, o maridinho de sonho, os amigos de sonho, as férias de sonho, os restaurantes de sonho, as quecas de sonho.
Não admira que, até 2020, um terço da população mundial esteja a mamar forte no Prozac.
É a velha história da cenoura e do burro: quanto mais temos, mais queremos.
Quanto mais queremos, mais desesperamos.
A meritocracia gera uma insatisfação insaciável que acabará por arrasar o mais leve traço de humanidade. O que não deixa de ser uma lástima.
Se as pessoas voltassem a ler os clássicos, sobretudo Montaigne, saberiam que o fim último da vida não é a excelência, mas sim a felicidade!

7.11.07

Angústias de Mãe...

Dizia a letra de uma música no outro dia, para não estarmos constantemente preocupados com o futuro porque os maiores problemas com que nos deparamos na vida, são sempre em situações inimagináveis, que por muito pequenas que pareçam nos fazem ficar acordados uma noite seguida…
E acho que isto tem o se quê de razão, pois não se pode prever tudo e quando pensamos que temos tudo controlado, o Universo vem dizer “estás-te a passar… ainda tens muito que aprender…”

Quando eu acho que as coisas acalmaram, que tudo está no devido lugar e a correr pelo melhor, lá vem uma coisinha para destabilizar. Se a Lei da Atracção funciona sempre de forma a eu atrair para mim aquilo que preciso para evoluir, então tenho de ver estas situações como testes, certo?! Ou serão antes as minhas formas de pensamento que atraem estas situações. Sinceramente não sei o que responder em relação a isto.

O facto é que vou passando pelos testes da Vida, mas o Universo arranja-me sempre mais e melhores, obrigando-me a fazer escolhas e a definir prioridades constantemente.

Preocupa-me a Pulguita, e o pouco tempo que tenho passado com ela ultimamente, o desgaste que isso implica nos meus pais, que ficam com ela e o desgaste que também lhe é imposto por estar longe de mim.

Sei que a maluca da outra avó lhe disse, várias vezes, que eu a ia abandonar e que ela iria viver com eles. Será que essas palavras insensatas são a origem destas angústias todas? Destes medos que ela tem cada vez que eu me ausento (a excepção de quando está com o Pai, com quem se sente segura).
Sinceramente não sei o que pensar e não estou a saber gerir esta situação, mesmo tendo dito à minha filha, várias vezes que a mamã pode ir, mas volta sempre e que nunca a vai abandonar.

Não consigo perceber se os medos são reais ou se a Pulga está a tentar controlar-me para que eu esteja sempre ao seu dispor. Se por um lado esta situação angustia-me porque não quero que ela sofra, por outro lado não quero condicionar a minha vida por causa disto e ser ela a ditar as regras…
Confesso que neste momento não sei muito bem o que pensar nem como agir.

Tenho procurado conselho na Educadora da Pulga lá no Colégio e ela diz-me para não me preocupar porque ela está bem e é uma criança feliz e que no colégio anda sempre super bem disposta! Sei que ela, no Colégio, se sente em segurança e é muito acarinhada. Tem uma Educadora espectacular, o ambiente é familiar, todas as pessoas que lá trabalham são fantásticas e ela tem um grupo de “colegas” que neste momento são os seus melhores amigos!
Por esta ordem de ideias, a questão que me coloco é qual a origem do seu desassossego fora do Colégio e de nossa casa? O que é que lhe traz insegurança e angústia?

Percebendo isto eu terei a chave da resolução do problema… mas até perceber, que posso eu fazer?
Não posso pedir aos outros que resolvam este “problema” por mim…

Sinto-me constrangida por passar a vida a pedir à Educadora da Pulga que “cuide dela por mim”… simplesmente porque estou fora…
Sinto-me mal e desesperada quando a minha mãe me telefona a queixar-se de que não dormiu, que está farta da minha filha, de que já não aguenta mais, que está de rastos e estoirada!
Sinto-me desconfortável por pedir à minha mãe que fique com a neta constantemente.

Espero que a minha mãe perceba que eu não faço da casa dela um depósito, um hotel para a minha filha porque não me apetece estar com ela. Faço-o por pura necessidade, porque não consigo fazer as coisas de outra forma e nem sempre posso levar a minha filha comigo.
Para além de que, o Pai da minha filha está longe e eu não tenho a “folga quinzenal” de mãe divorciada…

Recorro a quem confio, mas que me cobra constantemente estes pedidos de ajuda… que faz um jogo constante de chantagem emocional comigo… que me “acusa” amiúde de ser uma mãe inconsciente e irresponsável… que me aponta o dedo por não fazer nada na vida…

Que vontade tenho eu de fazer? Ir? Andar para a frente?
Como é que posso NÃO ME SENTIR CULPADA?
Estou consciente disto tudo, mas ultrapassar esta “culpa” não é fácil…
Sinto-me num beco sem saída e a ter de tomar posições, fazer escolhas que não me afectam só a mim, afectam a minha filha também…

Como sacudir das costas o “estar presa por ter cão e estar presa por não o ter”??? Como me posso livrar desta camada gigante de peso que estou a deixar que me ponham em cima e que me verga e desgasta?

Que espaço resta em mim para outras coisas? Para viver a minha vida? Para ter um relacionamento? Para singrar na profissão que venho de iniciar, que escolhi para mim e me faz feliz? Para conviver? Para sair de vez em quando? Ir ao cinema?

Deixando falar o optimismo que habita em mim: hei-de encontrar a solução e tudo se resolverá a seu tempo!

Angústias de Mãe… afinal o título foi bem escolhido…

...

A minha escrita não é assídua, não criei rituais de fala com o papel…
No entanto sinto que tenho tanto para escrever, tanto que quero deitar cá para fora e arrumar de vez dentro de mim…

Hoje fiz 300km de carro e tive tempo para pensar, calmamente e sem pressas. Tempo para estar comigo própria e o que reparei é que, apesar de tudo, tenho conseguido ter esses momentos só para mim muito mais vezes do que me dou conta. São momentos de viagem interior a sítios onde aprendi a ir, eu diria, em Bora Bora...
Assolaram-me montes de pensamentos, alguns um perfeito disparate, mas o facto de eu conseguir ir cada vez mais fundo dentro de mim e experimentar sentimentos e sensações fortes é fantástico.

Dizia-me a P: ” vais ver que Bora Bora vais ser importante para ti, mas só o saberás depois de lá estares”… e efectivamente foi muito, muito importante. Como se aquele lugar “mágico” tivesse catapultado partes de mim alojadas no meu inconsciente… partes que eu desconhecia, coisas que eu não sabia que podia sentir, tomadas de consciência umas atrás das outras, reviver os 36 anos da minha vida… foi duro, desconcertante, mas ajudou-me a perceber as minhas prioridades e a mulher que sou hoje… ajudou-me a encontrar o EU dentro de mim e, sobretudo, aceitar que o Amor pode tomar várias formas e revelar-se de muitas maneiras…

Esta viagem foi tão marcante que ainda hoje escrevo sobre o que senti, passados 3 meses…

O facto é que eu mudei, descobri-me, integrei a poeira levantada por 2 anos de cursos intensivos sobre mim, de desenvolvimento pessoal e espiritual… de expansão de consciência, de aprendizado de técnicas de “cura”, de mudança da forma de pensamento e estar na vida…

Se me perguntassem há 2 anos atrás, nunca me passaria pela cabeça que pudesse estar onde estou hoje…
Com isto tudo, o Universo tem-me colocado na vida pessoas realmente fantásticas que me têm ajudado nesta caminhada, neste desbravamento de mim, nestas tomadas de consciência, nesta evolução, neste crescimento “quântico”. Há sempre mais alguém com uma mensagem, com os braços abertos para me receber e ajudar, para partilhar pedaços de vida comigo… e da minha parte eu também dou tudo o que posso, com todo o Amor que tenho cá dentro.

É cada vez mais significativo para mim esses momentos de partilha, de troca de afectos, de desabafos, de conversas, de risos, de choros, de segredos por revelar, de pedaços de mim e do outro que se enlaçam no etéreo para aí se perderem…

No entanto, dias há em que a confusão mental se aloja e não sei mais o que pensar… a dúvida é uma traidora, pois tira a clareza, cria incertezas e medos que nem sempre têm razão de existir… e depois instala-se o cansaço, a saturação, o baixar de braços, que embora possam ser de curta duração moem e desgastam…
Estou nessa fase do cansaço, a correr dum lado para o outro tentando levar a minha vida profissional adiante, desenvolvendo o que realmente gosto de fazer, tirando cursos, ajudando, fazendo planos para um futuro próximo onde quero fazer mais e melhor.

Mas, acabo por me sentir um pouco culpada, porque nestas andanças “corredoiras” vou pondo parêntesis na minha vida familiar, que fica em suspenso… a minha filha sente a minha falta e embora esteja lindamente com os avós, não é a mesma coisa… Dizia-me uma amiga no outro dia “se não te sentires culpada a tua filha fica bem, pois ela tem imenso orgulho que a mamã esteja a tirar estes cursos”… mas ela é tão pequenina… começo a achar que isto é um truque do estupor do meu Ego para me fazer sentir mal quando me posso sentir fantástica! Safado! E, estupidez minha que lhe dou ouvidos… he he he

Pois é, tomar consciência disto é muito engraçado, mas quem é que diz que mudar a forma de pensamento para que não se repita é fácil???? Não é! É muito difícil, demorado e doloroso…
ARGH!!!!!

Tenho a sensação de que falei muito e não disse nada, pois sei que andei a rondar, a rondar e o essencial e importante ficou guardadinho cá dentro, onde tem estado e de onde eu AINDA não o consigo tirar, mas pelo menos vou tirando camadinhas e camadinhas de lixo mental cá para fora e talvez um dia aquilo que está “escondido” cá dentro possa sair, se for necessário…

Ao mesmo tempo falar, escrevendo, ajuda-me a pensar…
Organizando a minha cabecinha tudo vai ficando mais claro e abre caminho à percepção do Sentir… mas é difícil para mim dosear o Sentir, porque é sempre tão intenso, com uma entrega tão grande que muitas vezes se torna doloroso, desconcertante, mas muito bonito e pleno. Pode parecer contraditório, mas é assim que vivo a vida, apaixonadamente!

Pergunto-me se algum dia poderei viver a vida sem Paixão… e a minha resposta é: só quando estiver morta LOL

Impossivel viver sem paixão, sem estes meus altos e baixos, sem alegrias e tristezas, com tudo e com nada, sem Amigos…

Impossível! Tenho de sentir, tenho de me apaixonar pelas coisas, tenho de me apaixonar pelas pessoas!

Enfim… sou assim, vou fazer o quê?