29.1.07

Vontade

E esta agora,
Estou com a "pica" toda para escrever...
Como diria uma amiga minha "ou 8 ou 80", mas isso aplica-se mais a ela que a mim... he he he

Ultimamente tenho andado numa de falar, conversar, estar... e não de escrever...

E é disso que tenho vontade, estar com os meus amigos, partilhar conversas e mimos (que tanta falta me fazem)...
Tenho vontade de estar com ele... mas ele... nem sempre está disponível...
Tenho vontade de estar contigo, mas contigo estou e não estou... depende se estás 8 ou 80...
Tenho vontade de não estar...
Tenho vontade de estar no Guincho a apanhar o vento fresco carregado de maresia e deixar-me levar pelo barulho das ondas do mar...
Tenho vontade de um jantar romântico à luz de velas...
Tenho vontade de fazer amor uma noite inteira e acordar nos braços de quem amo...
Tenho vontade de estar em Paz com a minha filha!
Tenho vontade de ajudar a curar os outros...
Tenho vontade de dançar, cantar e rir até que a barriga me doa...
Tenho vontade de receber beijos, abraços, mimos e carícias...
Tenho vontade de ouvir mais vezes "AMO-TE!"

Vontade de viver cada dia mais FELIZ!

Sei lá...

Sei lá...
Acho que até é um título de um livro qualquer de uma fulana qualquer, daquelas que andam na berra ultimamente, mas não sei mesmo...

Ainda no outro dia, num do posts que escrevi dizia que nem sempre me apetece escrever e normalmente faço-o quando estou mais sorumbática, mas não me tem apetecido escrever,mesmo nada, nem emails, nem cartas, nem posts no blog, nem porra nenhuma!

Não estou bem nem mal, estou EU (se é que alguém sabe o que isso quer dizer).
Umas coisas correm bem e outras menos bem, mas é assim a vida e cada um tem a sua "cruz para carregar" e quando não temos arranja-mo-la... LOL

Daí que, cada vez que me sento em frente ao computador pergunto-me "vou escrever sobre o quê? e logo me passa a vontade... nem me tenho dado sequer ao trabalho de pensar...

Sinto-me cansada!
De quê?
Pois, não sei muito bem... talvez do acumular de situações, dos "testes" diários, das zangas constantes com a minha filha, da falta de paciência, da solidão, da falta de sexo, do querer falar e não poder/dever, do querer exprimir o que sinto e não ser ouvida por quem quero, de noites mal dormidas...
Do tentar estar sempre presente... e dar, dar, dar...
Do dizer "amo-te!", sem ter resposta...
Do saber antecipado, "avisada" pela minha intuição...
Do lutar para me afirmar na profissão que me faz feliz e me preenche como nunca... ser (simplesmente) Terapeuta não é fácil...
Enfim...

Tenho tanto para aprender!!!!
Mas a espera, a paciência, põem-me maluca... esse sim é um exercicio a fazer, a integrar, a "mecanizar" dentro de mim, pois sem ele não poderei evoluir!

Estou parada... não me apetece trabalhar em mim, nos exercícios do meu Mestre, não me apetece estudar, não me apetece ler...

Quero pura e simplesmente estar parada, comigo e em mim...
A fraustração toda é que não consigo fazê-lo...

Onde foi que eu errei? Quando não encontro a resposta, não posso corrigir e certamente voltarei a cometer os mesmo erro tantas vezes quantas sejam necessárias para tomar consciência dele... ou não... he he he he

Este início de Ano foi promissor e sei que irei colher tudo o que semeei até agora - UM MONTE DE COISAS BOAS!
Mas apesar de tudo este meês de Janeiro tem-me posto à prova e eu não sei se estive à altura. Umas vezes acho que sim, outras acho que não... ( a dualidade da Papisa)
Mas aconteceu tanta coisa, o Universo deu-me tantos sinais, que EU SEI QUE ESTOU NO CAMINHO CERTO PARA CUMPRIR A MINHA MISSAÕ DE VIDA!
Mas, mesmo sabendo-o intrinsecamente, ainda duvido de uma ou outra coisa... e daí...

SEI LÁ! NÃO SEI MESMO...

Os versos que te fiz

Deixa dizer-te os lindos versos raros
Que a minha boca tem pra te dizer!
São talhados em mármore de Paros
Cinzelados por mim pra te oferecer.

Têm dolência de veludos caros,
São como sedas pálidas a arder...
Deixa dizer-te os lindos versos raros
Que foram feitos pra te endoidecer!

Mas, meu Amor, eu não tos digo ainda...
Que a boca da mulher é sempre linda
Se dentro guarda um verso que não diz!

Amo-te tanto! E nunca te beijei...
E nesse beijo, Amor, que eu não te dei
Guardo os versos mais lindos que te fiz!
Florbela Espanca