Pôr-do Sol

Desde sempre que tenho um enorme fascínio pelo Pôr-do-Sol (e pela Lua também!)

Retirei esta ideia fantástica do blog de uma amiga... Miúda, espero que não te importes...

Partilho convosco alguma das melhores fotografias que tirei de ocasos...

Guincho Ago 08; Bora Bora Ago 07; Bora Bora Ago 07; Bora Bora Ago 07; Guincho Out 07

Obrigada!

Começo por te dizer que foi muito importante para mim conseguir-te dizer o que sentia/sinto olhos nos olhos e ter tido da tua parte a mesma sinceridade, a mesma franqueza, a mesma "abertura"!
Obrigada por não te teres fechado e teres ouvido com o coração... o que acabou por ser uma conversa entre corações...

As conversas são importantes para que ambos os protagonistas saibam quais as "regras do jogo", para que fique claro o que se pensa e o que se sente, para evitar mal entendidos, expectativas goradas, mágoas... mas, sobretudo, para que cada um possa ser que é intrinsecamente, sem ter de tentar ser o que o outro quer que ele seja...

Normalmente, temos tendência a envergar capas e a nos moldármos àquilo que achamos que o outro espera de nós, quer que sejamos...
Cada gesto, cada palavra são "premeditados" e deixa de haver espontaneidade, deixamos de ser nós próprios e passamos os dias a projectar um no outro o que somos, sem querermos ver o que o "espelho do outro" reflecte e mostra de nós próprios...
Pode parecer confuso, mas penso que é isto que acontece em todo o tipo de relacionamentos, quando não há abertura e coragem de se dizer o que se pensa e o que se sente ou quando não nos querem ouvir...

Mas já percebi que contigo vou poder ter sempre a abertura e a leveza de verbalizar o que sinto... mais uma vez obrigada!

Muitas vezes penso nas pessoas que neste ano de 2008 entraram na minha vida... o que é que tenho aprendido com elas e o quanto me têm ajudado na minha caminhada.

Tu tens sido, talvez, o meu maior espelho e revejo-me em ti em tanta coisa...
O facto de ter consciência disso, do que estou a projectar, do que tenho de "trabalhar em mim", já é um passo gigante na minha evolução...
Operaste em mim uma transformação do outro mundo... e no espaço de um mês...

Este "despertar" tem sido a chama que precisava internamente para me amar mais, para me dar mais valor enquanto Mulher, para me sentir mais feminina que nunca... para dar muito mais de mim... para espalhar a minha alegria e felicidade... para espalhar a minha Luz pelo Mundo, que só é possível fazê-lo com o coração aberto e a transbordar de felicidade...

Todo o "turbilhão" que despoletaste em mim e a intensidade com que o senti, permitiram-me abrir o meu chacra cardíaco e fazer sair tudo o que estava cá dentro (entre Amor e Luz) e o mais fantástico é que percebi que tenho a capacidade de transformar paixão intensa e desenfreada em AMOR.
Como? Ainda não sei muito bem... mas sinto uma Serenidade e uma Paz enormes, em vez de sentir tristeza... não me fechei, não senti necessidade de me proteger!
(eheheh com o hábito caio menos vezes e levanto-me mais depressa...)

Pergunto-me se esta minha capacidade de me apaixonar pelas coisas e pelas pessoas pode ser sempre transmutada em Amor Incondicional (sobretudo quando não há reciprocidade de sentimentos)???
Seria fantástico!
Será que o caminho é por aí?
Espero descobrir, saber, sentir...

Tudo acontece tão mais rápido na minha vida, as situações, as pessoas, os sentimentos, as respostas, a transparência, o Amor, a Luz...

Do fundo do meu coração muito obrigada por esta tomada de consciência, por esta trasformação!
Bem hajas!
Beijo doce

Dizer o que se sente...

Correndo o risco de poder parecer pretenciosa, eu afirmo ser uma pessoa transparente, honesta, que diz tudo o que pensa e, sobretudo, tudo o que sente...

Mas tenho-me deparado com situações em que isso não acontece, em que não posso ou não consigo dizer o que sinto.
Então, quer isto dizer que afinal não sou tão honesta como julgava ser?
Como é que posso afirmar uma coisa que faço amiúde, mas não sempre?

Percebi que muitas das vezes não digo o que sinto porque tenho MEDO, sobretudo de ser mal interpretada... ou que interpretem na íntegra o que realmente quero dizer...
Pois... mais um contra-senso...

Depois há a subtil diferença entre falar o que se pensa e falar do que se sente... quem é extrovertido e espontâneo normalmente diz o que pensa, mas não necessariamente o que sente...

E, como diria um amigo meu: "com é que podes dizer tudo o que sentes??? As pessoas não estão preparadas para isso! Não deves fazer isso! Não podes, não deves ser tão Honesta!!!!

Hello??!!!! Os relacionamentos humanos deveriam basear-se na transparência e honestidade de pensamentos, mas sobretudo de sentimentos.
Se eu não consigo dizer ao outro o que sinto, como é que ele vai saber? Há sempre a tendência de pensar que o outro sabe, e como sabe não é preciso dizer.
E se este pressuposto for errado e efectivament o outro não souber???
Geram-se mal entendidos, desentendimentos, rupturas e muitas vezes perdem-se oportunidades...

Perder oportunidades... de dizer que se ama... essas têm sido as situações que mais tenho perdido porque tenho medo do "desconhecido" que está do outro lado...
Fico à espera dum feed-back...
Estupidez! como é que posso esperar por um "sinal" ou um feed-back? Feed-back implica ter havido uma acção anterior e se eu não faço nada, nem digo nada, como é que posso esperar por um feed-back???
Contra-senso!
E se o outro está na mesma expectativa que eu? À espera?
IMPASSE!!!!!!

ARGH!!!!!!!!!!

Isto tudo para chegar à conclusão de que por melhores que sejam as minhas intenções afinal não consigo dizer tudo o que sinto, quando sinto, no momento em que sinto, à pessoa por quem sinto.... what a mess!!!!!!

Impulsiva como sou, até que nem é mau de todo haver uma parte racional em mim que vai refreando as cavalgadas galopantes e destemidas do Coração, porque quando este dispára é dificil domá-lo e... cair doi...
Por outro lado, os outros não estão habituados a tanta espontaneidade...

Que fazer afinal de contas?
Não dizer sempre tudo o que sinto e ficar como estou agora - ENTUPIDA e zangada comigo.
OU
Dizer tudo o que sinto, correndo o risco de magoar, surpreender, pôr o outro à prova, haver reacção????

SENTIR, "ter coragem", dizer o que sinto, ouvir, ter certezas... isto porque:

As pessoas esquecerão o que disseste...
Esquecerão o que fizeste...
Mas nunca esquecerão o que as fizeste SENTIR!

Mujer contra Mujer - Mecano

Vulcão

Sinto-me como um vulcão!
Um vulcão em actividade a quem se lhe meteu uma rolha para não explodir "para fora", mas que acaba por ir explodindo por dentro...
Tanta energia retida á demasiado tempo, que não consigo canalizar, que utilizo para cansar o corpo em actividades físicas, que não queimam o suficiente...

O vulcão continua em actividade e sem ter por onde deixar escapar a torrente de lava que se vai acumulando...

Um vulcão fruto de paixões desenfreadas, intensas e tão "proibidas"...
Paixões que não consigo consumar, que me consomem por dentro e que ao mesmo tempo me deixam com a cabeça nas nuvens e feliz...
Não durmo, esqueço-me de comer, tenho dificuldade em me concentrar, fico impaciente, eléctrica e "estupidifico" totalmente...
AH como é bom estar apaixonada!

O vulcão vai acumulando lava porque não posso ser espontânea, porque não posso mostar ou dizer o que sinto, porque vou ter de ser paciente e esperar por alguém que nem sei se algum dia estará disponível para mim, uma pessoa por quem me apaixonei assim que a vi.
Eu pedi e o Universo deu!
E agora?!
O que é que faço?

Controlo-me!
Que é o que tenho feito para que a paixão e o desejo não transpareçam, não falem mais alto, não se soltem...
Se ao menos eu pudesse falar... pudesse dizer o que sinto... pudesse beijar... pudesse amar...

Ainda não!
Ainda não é tempo!
Quando será não sei... vou esperar... vou deixar fluir..
Enquanto aguentar tanta emoção junta, vou esperar...

Vou esperar, enquanto que o vulcão não explodir...

Essência

Nada melhor que escrever a ouvir Mozart, como sempre o Requiem, a minha "musa inspiradora"...

Crescer por dentro ou diminuir até a verdadeira Essência?
Tenho-me colocado a questão do que é que realmente acontece quando enverdamos pelos caminhos da espiritualidade e evoluímos... crescemos ou diminuímos?
Será que é o EGO que nos dá a sensação de crescimento, de se fazer ouvir? De gritar por atenção? De se dar importãncia? De querer o seu protagonismo?
Ele reage num certo turbilhão, querendo ser o actor principal neste palco que é a vida...
E quando se lhe retira o protagonismo ele grita, berra, boicota aquilo que a Essência quer fazer.
Porém o EGO faz parte de nós, parte integrante e importante de nós.

Pergunto-me, muitas vezes, como encontrar o equilíbrio entre o meu Ego e a minha Essência e penso que a resposta veio naturalmente quando consegui uma serenidade interior que me deu Paz.
É como se o equilibrio entre um e outro se fizesse naturalmente, já não tendo que fazer um esforço consciente para tal.
O Ego grita, impacienta-se, tenta destabilizar mas a Paz mantém-se, tornando tudo mais claro... as respostas surgem intuitivamente... não há precipitação de fazer e dizer... tudo flui... tudo acontece no tempo certo...

Percebi que o trabalho de abertura que se faz quando iniciamos estas caminhadas acaba por ser igualmente um trabalho de "fecho". Fecho porque nos vamos centrando em nós próprios, vamos fechando o círculo até chegar á Essência, ao início, á fonte, á sabedoria, á LUZ!
Está tudo cá dentro, basta não ter receio de procurar!

O meu círculo está a fechar-se...
Na periferia estão partes de mim... partes de mim que alumiam o caminho... partes de mim que ainda se escondem, porque têm medo... partes de mim que estão em paz... partes de mim que têm coragem e querem avançar... partes de mim apaixonadas, impulsivas, espontâneas e impacientes... uma parte de mim que ainda é menina, curiosa, sensível, tímida...

No centro estão outras partes de mim... partes de mim que intuem, detêm o conhecimento, geram Amor e Luz, que trabalham para que tudo o resto fique em PAZ, como um Anjo de cujo coração tudo brota, tudo flui!

É aí que quero chegar, ao CENTRO, á ESSÊNCIA!!

Só aí estarei em condições de poder ESPALHAR A MINHA LUZ, como é meu desígnio!